A Hipertensão Intracraniana Idiopática (HII), anteriormente conhecida como pseudotumor cerebral, é caracterizada por aumento de pressão dentro do crânio sem causas aparentes, como tumores ou hemorragias. Afeta majoritariamente mulheres jovens, especialmente com obesidade, e manifesta-se por sintomas como dores de cabeça persistentes, perda visual progressiva, zumbido pulsátil e náuseas. Esses sinais podem variar em intensidade e frequência, exigindo atenção médica imediata, pois a condição, se não tratada, pode levar a sequelas graves, como a cegueira.
Embora a causa exata da HII seja desconhecida, acredita-se que alterações na drenagem venosa cerebral desempenhem papel importante, resultando em acúmulo do líquido cefalorraquidiano no crânio. O diagnóstico inclui exame clínico, fundo de olho, ressonância magnética e punção lombar para medir a pressão intracraniana. A avaliação oftalmológica é crucial para detectar inchaço do nervo óptico e monitorar a progressão ou melhora da doença.
O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e proteger a visão. Geralmente, combina perda de peso, dieta com baixo teor de sal e medicamentos como acetazolamida e diuréticos. Em casos graves, pode ser necessário recorrer a cirurgias, como a fenestração do nervo óptico ou angioplastia dos seios venosos, um procedimento inovador e minimamente invasivo com altas taxas de sucesso.
Apesar de ser uma condição séria, a HII pode ser controlada com o tratamento adequado e acompanhamento regular. A recuperação visual é possível em muitos casos, especialmente se a doença for diagnosticada precocemente. No entanto, o retorno dos sintomas pode ocorrer em casos de ganho de peso ou ausência de adesão ao tratamento.
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Dr. André Didier Lyra
CRM 860.522/RJ